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sábado, 20 de agosto de 2011

Decisão final

A semana promete ser agitada em Taubaté. Olhos e ouvidos estarão atentos à sessão da Câmara de Vereadores que poderá pedir a cassação de Roberto Peixoto. O frágil histórico político e o fantástico volume de provas das irregularidades, corrupção, malversações, propinas, formação de quadrilha e todo o resto que envolve o prefeito taubateano e sua administração, não podem mais ser desprezados e considerados letra morta. Pelo contrário, são acusações graves, provadas e comprovadas para que o caso chegue ao limite das consequências. Ao longo dos últimos meses a cara de Roberto Peixoto, suas feições e suas atitudes o recriminam. Nada houvesse contra ele, a Polícia Federal não o teria detido e inexistiria o manancial de ações jurídicas pontuais contra o prefeito, muito menos o movimento político para a sua cassação. Ninguém perderia tempo com isso. Entretanto, não dá para falsear fatos e verdades. Todos os atos do prefeito agregam agressividades do acuado que não quer pagar pelo crime praticado. Suas pobres e lastimáveis declarações, as manobras praticadas pelos seus advogados e vereadores servilistas comprovam, por si só, a culpa de um réu. O prefeito e sua camarilha insistem em tratar o taubateano com desdém, como se a população fosse idiota. Peixoto sobrevive em meio à política baixa e venal, burlando e se esquivando de oficiais de justiça, da mídia imparcial, fugindo do confronto direto na Câmara de Vereadores, articulando politicamente o que pode para se safar do problema que ele mesmo arranjou para si. Ou seja, Peixoto é covarde. Coloca-se na condição de homem público desqualificado e venal.

À medida que ele sustenta e insiste ser inocente das acusações, deveria ser o primeiro a facilitar e defender, com competência e provas dignas, essa sua suposta inocência junto ao Poder Legislativo e Poder Judiciário. Entretanto foge ou não convence diante de todas as oportunidades legais que lhes são colocadas à disposição. A soberba, a falsidade, a mentira e o caráter inqualificável não mais contribuem para que Peixoto seja respeitado. Sua suposta moralidade e ética deixam de ser referências nobres em Taubaté ou em qualquer outro lugar. O homem público faz crescer a truculência, o rancor e a falsidade. O município e a sociedade não merecem isso. O pior, no jogo do poder, é se identificar determinados vereadores engalfinhados em querer defender o indefensável. Aqueles aliados à postura servilista e venal tão evidente, dão mostra clara de desserviço legislativo e público. Entretanto, quem poderá entender as características peculiares da política de Taubaté? A cidade e a sua população que aguentem. Os justos que se desesperem. O fato é que a cidade se mantém e cresce em meio ao caos da administração municipal. O cidadão digno trabalha, produz e paga seus impostos, mesmo sabendo que esse dinheiro servirá para outros fins, distantes do bem coletivo. Portanto, está chegando a hora de se apor o ponto final na história da relaçáo do prefeito Peixoto com Taubaté. Caso contrário, tudo virará histórias das mil e uma noites, fantasiosas e sem fim, na Taubaté que tem sangue e energia para varrer o corrupto. A sociedade taubateana deve, sim, honrar e sustentar a grandeza dos nomes e personalidades que são exemplos das histórias dignas e verdadeiras para toda a nação. Com consciência limpa e alma lavada, a cidade poderá fazer valer aquilo que lhe compete, para continuar a crescer e ser feliz, com honestidade, dignidade e justiça. Não há como Peixoto não ser cassado.

Carlos Karnas
05/08/2011

Este artigo foi disponibilizado para publicação no jornal "O Vale" de São José dos Campos, "Jornal Contato" de Taubaté, "Blog de Irani Lima"  e saite de "Mario Ortiz"





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